No período de 10 à 13 de setembro, acontece a Oficina de Dança Afro,
ministrada pelo Afoxé Oyá Alaxé, do Recife, dentro da programação do
Festival Sertão Itaparica Mundo 2012. Durante quatro dias, os
participantes terão a oportunidade de conhecer um pouco da cultura
pernambucana, através dos movimentos da dança afro que serão ensinados
pela bailarina Laynne Sampaio, integrante do Oyá Alaxé.
A Oficina é voltada, principalmente, para jovens e adultos que tenham
uma relação próxima com as artes cênicas. Porém, quem ainda não tem
intimidade com o universo do teatro e da dança, também poderá
participar. As aulas serão ministradas no Centro Social Florestano –
Difusora, no Centro de Floresta.
A metodologia utilizada pelo Afoxé Oyá Alaxé, durante a Oficina,
objetiva fortalecer o conhecimento dos participantes sobre a cultura
afro-brasileira, principalmente, a relacionada com as religiões de
matriz africana, em especial, com os ritos pernambucanos. Desta forma, a
Oficina pretende contribuir com a difusão da musicalidade dos afoxés;
potencializar a formação de plateia apreciadora da cultura
afro-brasileira e desmistificar estereótipos negativos impostos à
cultura negra.
O NAGÔ A'JÔ
Balé cujas referências expressa a máxima dos movimentos dançantes, coreográficos e ritualísticos do corpo milenar desta tradição de origem africana.
Missão
Transmitir os Ensinamentos de Mãe Amara e a tradição da família Aparí Obá, através das danças que constituem o Método Nagô A'jó, com vistas ao reconhecimento da cultural negra e o respeito a religião de matriz africana, dando formas e direção ao fortalecimento da nossa identidade e reprodução de boas práticas e resultados educativos, culturais e pacíficos.
O Balé Nagô de Pernambuco - criado em 2004 sob o próposito de se tornar uma referência em artes cênicas, pesquisa cultural afrobrasileira e expressão máxima dos movimentos dançantes, coreográficos e ritualísticos do corpo milenar desta tradição de origem africana. No Recife-PE, presente desde fins do século XVIII, a tradição Nagô foi transmitida de gerações à gerações de aborisás, mantenedores do saber e do fazer desta cultura e culto.
A partir de pesquisas elaboradas por Maria Helena M. Sampaio e Fábio Gomes, o "pé de dança nagô" foi se desenvolvendo e recebendo influências das experiências artísticas pessoas sob orientação dos Ensinamentos de Mãe Amara. Com a criação do Afoxé Oyá Alaxé em 2004, o Balé Nagô A'jô ganhou corpo e vida, convecionou seus conhecimentos num estudo que facilita o aprendizado de pessoas ao contexto do nosso grupo cultural e de outras experiências que envolva a dança. Refinando, assim, conhecimentos e conceitos fomos dando origem a metodologia teórica e prática homônima, com praticidade e pedagogia própria revelados a partir do sagrado e manifestados em nós... meros instrumentos da beleza negra.
Esse acervo valioso, que ora funde a tradição cultural, as artes integradas e a criatividade do Afoxé Oyá Alaxé, propositadamente foi exposta durante o próprio processo de amadurecimento do Balé Nagô A'Jô e que hoje, através de criações baseadas na dança dramática e mitológica dos Deuses Nagôs Africanos, nas Danças dos Orixás em terra, no movimento corporal das Iyás e Babás, pesquisas, catalogação, sistematização, desenhos, nomeclaturas e coreografias ganham maior dimensão e reconhecimento pela bailar e compromisso da pesquisadora e coreógrafa Helaynne Sampaio - também criadora do desenvolvimento do método. Com amor, ancestralidade, seriedade e compromissos éticos, estéticos e tradicionais este legado ímpar a cultura do povo brasileiro vai se consolidando e tranformando patrimônios e esculturas dançantes.