segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Começa hoje! Oficina de Dança Afoxé Oyá Alaxé no Festival Sertão Itaparica Mundo

 No período de 10 à 13 de setembro, acontece a Oficina de Dança Afro, ministrada pelo Afoxé Oyá Alaxé, do Recife, dentro da programação do Festival Sertão Itaparica Mundo 2012. Durante quatro dias, os participantes terão a oportunidade de conhecer um pouco da cultura pernambucana, através dos movimentos da dança afro que serão  ensinados pela bailarina Laynne Sampaio, integrante do Oyá Alaxé.

A Oficina é voltada, principalmente, para jovens e adultos que tenham uma relação próxima com as artes cênicas. Porém, quem ainda não tem intimidade com o universo do teatro e da dança, também poderá participar. As aulas serão ministradas no Centro Social Florestano – Difusora, no Centro de Floresta.

A metodologia utilizada pelo Afoxé Oyá Alaxé, durante a Oficina, objetiva fortalecer o conhecimento dos participantes sobre a cultura afro-brasileira, principalmente, a relacionada com as religiões de matriz africana, em especial, com os ritos pernambucanos. Desta forma, a Oficina pretende contribuir com a difusão da musicalidade dos afoxés; potencializar a formação de plateia apreciadora da cultura afro-brasileira e desmistificar estereótipos negativos impostos à cultura negra.

O NAGÔ A'JÔ

Balé cujas referências expressa a máxima dos movimentos dançantes, coreográficos e ritualísticos do corpo milenar desta tradição de origem africana.

Missão

Transmitir os Ensinamentos de Mãe Amara e a tradição da família Aparí Obá, através das danças que constituem o Método Nagô A'jó, com vistas ao reconhecimento da cultural negra e o respeito a religião de matriz africana, dando formas e direção ao fortalecimento da nossa identidade e reprodução de boas práticas e resultados educativos, culturais e pacíficos.

Descrição
O Balé Nagô de Pernambuco - criado em 2004 sob o próposito de se tornar uma referência em artes cênicas, pesquisa cultural afrobrasileira e expressão máxima dos movimentos dançantes, coreográficos e ritualísticos do corpo milenar desta tradição de origem africana. No Recife-PE, presente desde fins do século XVIII, a tradição Nagô foi transmitida de gerações à gerações de aborisás, mantenedores do saber e do fazer desta cultura e culto.

A partir de pesquisas elaboradas por Maria Helena M. Sampaio e Fábio Gomes, o "pé de dança nagô" foi se desenvolvendo e recebendo influências das experiências artísticas pessoas sob orientação dos Ensinamentos de Mãe Amara. Com a criação do Afoxé Oyá Alaxé em 2004, o Balé Nagô A'jô ganhou corpo e vida, convecionou seus conhecimentos num estudo que facilita o aprendizado de pessoas ao contexto do nosso grupo cultural e de outras experiências que envolva a dança. Refinando, assim, conhecimentos e conceitos fomos dando origem a metodologia teórica e prática homônima, com praticidade e pedagogia própria revelados a partir do sagrado e manifestados em nós... meros instrumentos da beleza negra.

Esse acervo valioso, que ora funde a tradição cultural, as artes integradas e a criatividade do Afoxé Oyá Alaxé, propositadamente foi exposta durante o próprio processo de amadurecimento do Balé Nagô A'Jô e que hoje, através de criações baseadas na dança dramática e mitológica dos Deuses Nagôs Africanos, nas Danças dos Orixás em terra, no movimento corporal das Iyás e Babás, pesquisas, catalogação, sistematização, desenhos, nomeclaturas e coreografias ganham maior dimensão e reconhecimento pela bailar e compromisso da pesquisadora e coreógrafa Helaynne Sampaio - também criadora do desenvolvimento do método. Com amor, ancestralidade, seriedade e compromissos éticos, estéticos e tradicionais este legado ímpar a cultura do povo brasileiro vai se consolidando e tranformando patrimônios e esculturas dançantes.

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